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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Bateria Nota 10: Levon Helm

Mark Levon Helm nasceu em 26 de maio de 1940 na cidade de Marvell, no Arkansas e começou a tocar guitarra aos 8 anos, influenciado pela country music que ouvia no rádio. Mais tarde passou para as baquetas, quando formou sua primeira banda, a The Jungle Bush Beaters, ainda no colégio.

Mas o rock'n'roll entrou na sua vida através de nomes como Elvis Presley e Bo Diddley. Já morando no Tennessee, conheceu Ronnie Hawkins, e entrou para sua banda, o The Hawks. Em 1959 já havia mudado de novo, agora para Toronto no Canadá onde um ano depois veio a conhecer 4 caras. Estava formado o The Band.

Na metade dos anos 60 o The Band[bb] passou a acompanhar Bob Dylan. O que viria a seguir foi definido por muita gente boa como a redescoberta do verdadeiro som americano, com toques de soul, blues, country, folk e, claro, rock'n'roll. O curioso é isso ter partido de uma banda quase totalmente formada por canadenses o que deixa a contribuição de Levon mais nítida ainda.

Uma das principais características do The Band era ser uma banda sem destaques individuais. Todos cantavam, incluindo Levon, que precisou criar formas de conduzir sua batida sem atravalhar a voz. Suas interpretações para The Night They Drove Old Dixie Down e Up On Cripple Creek são sensacionais, perfeitamente associadas à batida.

Após a separação da banda com o Last Waltz Levon partiu para projetos solo e acompanhando outros artistas como Johnny Cash e Ringo Starr. Em 1983 o The Band voltou a se reunir, mas apenas até 1986 quanto Richard Manuel cometeu suicídio.

Separei pra vocês Up On Cripple Creek que tem uma batida sensacional, muito bem intercalada com a voz de Levon.
http://www.4shared.com/file/37026986/6b12a316/The_Band_-__Up_On_Cripple_Creek.html

Claro que poderia citar vários outros mestres de bateria. Neil Peart, Charlie Watts, Nick Mason, Carl Palmer, Stewart Copeland... a lista é imensa e precisaria de mais uns 3 carnavais para agradar a todos. Mas oportunidade não nos faltará!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Bateria Nota 10: Ginger Baker

Peter Edward Baker nasceu em 19/08/1939 em Lewisham, Londres. Ginger ficou famoso em Londres quando surgiu na Graham Bond Organization (GBO), onde chamou a atenção por sua forma de tocar, ora furiosa, ora contida e técnica. Foi também piorneiro, junto com Keith Moon, no uso de 2 bumbos na sua bateria.

No GBO, ele conheceu Jack Bruce, com quem constantemente se desentendia. Apesar disso, voltaram a se encontrar na banda que formaria em seguida, junto com Eric Clapton.


Foi o Cream que deu a Ginger fama mundial. A proposta da banda envolvia explorar a técnica de cada um até seu limite, o que resultava em solos imensos, músicas com mais de 40 minutos e, muitas vezes, em brigas no palco. Suas rusgas com Jack Bruce voltaram a acontecer e logo o creme azedou. Sua fúria em muito se devia ao uso de drogas pesadas como heroína, problema que o perseguia desde o início da carreira.

Mas com Eric ia tudo bem e em 1970 formaram, junto com Steve Winwood e Rick Grech o Blind Faith, com proposta mais leve, voltada para o blues. A idéia era tocar de forma descompromissada, sem preocupações com álbuns ou shows. Mais uma vez não deu certo e o Blind Faith só durou um álbum.

Após isso Ginger teve vários projetos próprios, como o Ginger Baker's Airforce, e participou de várias formações. Ajudou Paul McCartney com seu álbum Band on the Run de 1974 e esteve com o Public Image nos anos 80. Seus projetos atuais vão de trios de jazz a orquestras clássicas, passando por ritmos étnicos e sempre ao redor do rock'n'roll. Em 2005 o Cream voltou a se reunir para shows na Inglaterra e nos EUA. Segundo o próprio Clapton, Ginger não tem mais a fúria de outros tempos mas, agora um senhor de quase 70 anos, apurou ainda mais sua técnica confirmando ser um verdadeiro Mestre de Bateria.

Separei pra vocês um som dele da época de Blind Faith, Do What You Like, uma parada muito doida!
http://www.4shared.com/file/36921235/115a643/Blind_Faith_-_Do_What_You_Like.html

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Bateria Nota 10: John Bonham

John Henry "Bonzo" Bonham, nasceu em 31 de maio de 1948 em Worcestershire, Inglaterra. Começou a aprender bateria quando tinha apenas cinco anos, batendo em caixotes e latas de café, e imitando os movimentos dos seus ídolos Gene Krupa e Buddy Rich. Aos quinze anos recebeu a sua primeira bateria, uma Premier.

Como vários baterias da época, rondou por pequenas bandas até chegar na Crawling King Snakes, cujo vocalista era Robert Plant. Durante este período, Bonham adquiriu a reputação de ser o baterista mais barulhento de Inglaterra, sendo muitas vezes convidado a parar de tocar, devido à sua tendência para partir as baterias. Quando Jimmy Page pensou em formar o Led Zeppelin[bb], convidou Robert Plant, que lhe sugeriu Bonham para a bateria, que assim passou à frente de Ginger Baker que viria a fazer parte do Cream (mais tarde falaremos dele nessa coluna).

Bonham usava as baquetas mais pesadas e mais compridas disponíveis, a que ele chamava árvores. O seu estilo pesado inicial era bem demonstrado em Immigrant song, When the levee breaks e The ocean. Embora não fosse considerado tão solto como Keith Moon, nem tão respeitado pela crítica como Ginger Baker, a sua potência por detrás da bateria influenciou praticamente todos os bateristas do hard rock e do heavy metal. Aliás, ele mesmo descrevia seu estilo se considerando “o melhor imitador de Keith Moon do Mundo”.

Em 24 de Setembro de 1980, na viagem do hotel para o estúdio onde a banda ensaiava, Bonham bebeu cerca de 40 doses de vodka. Quando terminou o ensaio foram para a casa de Page em Windsor. Bonham adormeceu e foi levado para a cama. Benji LeFevre encontrou-o morto na manhã seguinte. Apesar do usual sensacionalismo feito pela imprensa, a autópsia não revelou a presença de drogas no seu corpo.

Após sus morte, os outros integrantes resolveram interromper as atividades do Zeppelin até recentemente, quando voltaram a reunir-se em Londres, mas com seu filho Jason nas baquetas.

Poderia postar o solo de bateria dele em Moby Dick, mas esse todos já conhecem. Optei por The Song Remanis the Same, onde seu trabalho de bumbo é fantástico, aliás uma de suas características mais marcantes.
http://www.4shared.com/file/36660368/bf7b37fc/Led_Zeppelin_-_The_Song_Remains_the_Same.html

Bateria Nota 10: Ian Paice

Pois é amigos, como falei, resolvi dar uma fugida para o meio do mato e deixei furo na coluna de carnaval. Mas não tem nada não, compenso hoje com mais 2 mestres de bateria pra vocês. Espero não perder pontos em harmonia...

Quem poderia dizer que aquele adorável menino inglês, tocando seu violino tornaria-se um dos mais famosos bateristas da história do rock? Ian Paice nasceu em 29 de junho de 1948, na cidade de Nottingham e essa foi sua iniciação musical.

Aos 15 anos optou pela bateria e começou a tocar na banda de seu pai. Rodou por várias formações menores até fundar o Deep Purple[bb], em 1968. Junto com o tecladista John Lord criou a base do que seria a banda precursora do heavy metal. Apesar da sua condução firme e possante, característica das bandas pesadas, Paice teve suas principais influências nos bateristas de jazz como Gene Krupa e Buddy Rich.


Assim como 9 entre 10 bateristas dos anos 60, Paice era apaixonado pelas Ludwig. Mas em 1984 passou a usar os kits Pearl, marca da qual é endorser até hoje.

Além do Purple, Paice teve vários projetos, gravando com bandas como WhiteSnake, além de 3 álbuns solos, todos já nesta década. Atualmente é o único membro original do Deep Purple.

Acho a condução de Highway Star umas das melhores já gravadas. É possante e passa a sensação de um carro em alta velocidade. Outras sensacionais como Burn e Sweet Child in Time também não podem passar em branco mas reservei
pra vocês, um instrumental ao vivo na BBC, chamado Grabsplatter.
http://www.4shared.com/file/36661833/e13792b5/Deep_Purple_-_Grabsplatter.html

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Bateria Nota 10: Keith Moon

O insano, o lunático, o destruidor de baterias. Keith John Moon nasceu em 23 de agosto de 1946 em Londres e já veio com um senso rítmico absurdo. Numa época em que o trabalho dos bateristas era apenas marcar o ritmo, Moon chegou para revolucionar a técnica do instrumento.

Seu trabalho no The Who[bb] foi marcado pela parceria com o baixista John Entwistle, onde encontrou terreno fértil para sua condução alucinada, marcada pela bateria dupla. O próprio Pete Townshend encontrou nesta base, a condição ideal para por suas idéias em prática.

Apontado por muitos bateristas famosos como principal influência, Moon teve apenas um trabalho solo, o álbum Two Sides of the Moon, onde curiosamente apenas canta, deixando a bateria para seu amigo Ringo Starr e Jim Keltner (Traveling Wilburys).

Moon é famoso por suas loucuras dentro e fora dos palcos. Destruia as baterias após os shows, quartos de hotel, corria nu atrás de ônibus escolares... a lista de feitos é imensa. A mais famosa seria ter entrado com seu Rolls Royce dentro de uma piscina e outra vez, teria entrado no saguão de um hotel com seu Land Rover. Estacionou ao lado do balcão e pediu com gentileza britânica: “minhas chaves, por favor”. Tanta loucura virou homenagem: o personagem Animal dos Muppets foi inspirado Keith Moon.

Moon morreu em 7 de setembro de 1978, vítima de overdose de Heminevrin, um medicamento usado para tratamentos anti-álcool, mal que o perseguiu por toda a carreira. Horas antes ele havia jantado com Paul e Linda McCartney. Seu legado é Ter sido o mais influente baterista de rock de todos os tempos. Na opinião deste humilde blogueiro, o melhor do rock clássico.

Difícil escolher uma dele pra vocês. Então lá vai Bell Boy, do sensacional álbum Quadrophenia, de 1973. Nele, além da condução destruidora de Moon, ouve-se sua voz nos versos do meio.
http://www.4shared.com/file/36659514/c7a9a4f8/The_Who_-_Bell_Boy.html

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Bateria Nota 10: Ringo Starr

Hoje começa o carnaval, com seus silicones, BBBs, bicheiros, traficantes, globais e carros alegóricos interditados. Como eu não tô nem aí pro carnaval (espero me esconder no meio do mato em breve), resolvi criar essa coluna temporária, falando da nossa bateria nota 10. De hoje até quarta, cada dia apresentarei um verdadeiro mestre de bateria. E para começar, nada como um habituê do blog.


Richard Starkey[bb], nasceu em Liverpool em 7 de junho de 1940. Canhoto, perambulou por várias bandas da cidade até esbarrar com os Beatles em Hamburgo. Na época, Pete Best era o baterista dos Fab Four, mas quando assinaram com a EMI, o produtor George Martin pediu que o trocassem. Logo Ringo foi lembrado e uniu-se aos outros 3.

Apesar de ser subestimado por muita gente, Ringo notabilizou-se por sua forma segura e original de tocar sua Ludwig. Durante os Beatles, ele tem frases de bateria fantásticas como A Day in the Life e Strawberry Fields Forever.

Com o fim da banda, Ringo continuou produtivo, ora acompanhando músicos como George Harrison, ora lançando seus próprios discos. Aliás, ele está com trabalho novo na praça, o aguardado Liverpool 8, em breve nesse blog. As vezes excursiona com a sua All Starr Band, que reúne uma penca de veteranos.

Ringo é como aquele tiozão que cada um de nós tem. Gente boa, bonachão, meio jeca, mas adorado por todos. É um adorável hippie fora de época, o clown beatle. Há pouco tempo li uma entrevista dele onde contava que era avesso à tecnologia. Tem um celular que nunca liga e não manda e-mails, porque alguém pode responder.

Pra vocês, uma versão dele para Love Me Do que achei melhor que a original.
http://www.4shared.com/file/36594878/21939b74/Ringo_Starr_-_Love_me_do.html