Foram mais de 40 anos de espera para que um dos ícones do festival
de Woodstock se apresentasse no Brasil. David Crosby, Stephen Stills and
Graham Nash terminaram sua turnê pelo Brasil (já haviam tocado em Belo
Horizonte e São Paulo) neste domingo, com um show que vai ficar na
história da cidade como um dos mais belos de todos os tempos.
Com um currículo que inclui participações em grupos seminais dos anos 60 como The Birds (David Crosby), Buffalo Springfield (Stephen Stills) e The Hollies (Graham Nash), o trio relembrou quase todos os grupos, além de tocar os clássicos da carreira (inclusive os gravados com o sempre supervalorizado Neil Young).
Tudo esteve perfeito no Citibank Hall, estavam lá as canções de protesto - até mesmo uma nova, Almost Gone, sobre Bradley Manning, um soldado americano que está preso e sendo torturado pelo governo norte-americano por ter liberado documentos para o site WikiLeaks) -, belas melodias, harmonias vocais belíssimas, inspirados solos de guitarra (cortesia de Stephen Stills) e um clima de harmonia e integração com a plateia.
A noite serviu para que a cidade tivesse o privilégio de conferir a ótima forma vocal de David Crosby (apesar de todos os abusos com drogas durante sua vida), os solos do guitar hero Stephen Stills e as harmonias, melodias e jeitão de band leader de Graham Nash. A configuração do Citibank Hall (somente com cadeiras) também ajudou a impedir que as pessoas dos lugares mais baratos invadissem os lugares mais nobres e atrapalhassem a visão de quem pagou caro pela proximidade com os músicos e os mal-educados que tentaram tirar fotos perto do palco. A segurança foi perfeita. Já o público, ficou sentado nas canções mais delicadas do show, mas foi 'obrigado' a aplaudir de pé praticamente todas as músicas, arrancando sorrisos discretos, mas sinceros dos astros da noite.
A banda foi um espetáculo a parte. Com membros vindos de diferentes backgrounds (Sting, Jackson Brown, Bruce Springsteen e até mesmo o filho de Crosby pilotando os teclados), eles proporcionaram uma base sonora que permitiu aos três front men focarem seus esforços em suas próprias performances.
O setlist praticamente seguiu os das apresentações anteriores no país, apenas com a mudança no bis, onde entrou Woodstock e saiu For What It's Worth. Uma troca que manteve o nível de qualidade do repertório (melhor seria manter as duas). O show, que teve dois sets de pouco mais de 1h20 e um intervalo de 15 minutos, poderia ter o triplo da duração que ainda poderia gerar lamentos por uma ou outra música ausente.
Crosby, Stills e Nash provaram mais uma vez que a crise econômica na Europa tem seus pontos positivos. Nunca tantos bons músicos estrangeiros vieram conhecer ou rever nosso país. Privaram também que há algo que faz com que esse bando de senhores setentões, que passaram por vários percalços durante suas vidas, mantenha um vigor e uma forma de dar inveja aos pseudo astros da música atual. Que a próxima visita não demore 40 anos para acontecer.
fonte: O Fluminense
Perdi mais esse... taí um gostinho só pra babar nos velhinhos
Com um currículo que inclui participações em grupos seminais dos anos 60 como The Birds (David Crosby), Buffalo Springfield (Stephen Stills) e The Hollies (Graham Nash), o trio relembrou quase todos os grupos, além de tocar os clássicos da carreira (inclusive os gravados com o sempre supervalorizado Neil Young).
Tudo esteve perfeito no Citibank Hall, estavam lá as canções de protesto - até mesmo uma nova, Almost Gone, sobre Bradley Manning, um soldado americano que está preso e sendo torturado pelo governo norte-americano por ter liberado documentos para o site WikiLeaks) -, belas melodias, harmonias vocais belíssimas, inspirados solos de guitarra (cortesia de Stephen Stills) e um clima de harmonia e integração com a plateia.
A noite serviu para que a cidade tivesse o privilégio de conferir a ótima forma vocal de David Crosby (apesar de todos os abusos com drogas durante sua vida), os solos do guitar hero Stephen Stills e as harmonias, melodias e jeitão de band leader de Graham Nash. A configuração do Citibank Hall (somente com cadeiras) também ajudou a impedir que as pessoas dos lugares mais baratos invadissem os lugares mais nobres e atrapalhassem a visão de quem pagou caro pela proximidade com os músicos e os mal-educados que tentaram tirar fotos perto do palco. A segurança foi perfeita. Já o público, ficou sentado nas canções mais delicadas do show, mas foi 'obrigado' a aplaudir de pé praticamente todas as músicas, arrancando sorrisos discretos, mas sinceros dos astros da noite.
A banda foi um espetáculo a parte. Com membros vindos de diferentes backgrounds (Sting, Jackson Brown, Bruce Springsteen e até mesmo o filho de Crosby pilotando os teclados), eles proporcionaram uma base sonora que permitiu aos três front men focarem seus esforços em suas próprias performances.
O setlist praticamente seguiu os das apresentações anteriores no país, apenas com a mudança no bis, onde entrou Woodstock e saiu For What It's Worth. Uma troca que manteve o nível de qualidade do repertório (melhor seria manter as duas). O show, que teve dois sets de pouco mais de 1h20 e um intervalo de 15 minutos, poderia ter o triplo da duração que ainda poderia gerar lamentos por uma ou outra música ausente.
Crosby, Stills e Nash provaram mais uma vez que a crise econômica na Europa tem seus pontos positivos. Nunca tantos bons músicos estrangeiros vieram conhecer ou rever nosso país. Privaram também que há algo que faz com que esse bando de senhores setentões, que passaram por vários percalços durante suas vidas, mantenha um vigor e uma forma de dar inveja aos pseudo astros da música atual. Que a próxima visita não demore 40 anos para acontecer.
fonte: O Fluminense
Perdi mais esse... taí um gostinho só pra babar nos velhinhos
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