sábado, 24 de setembro de 2011

Blog'n'Roll: Começou o Shop in Rio


Eu ia escrever ontem, antes do começo, para não parecer que eu sou do contra. Mas problemas cotidianos me tiraram a inspiração e adivinhe? Acabei assistindo ao show dos Paralamas e Titãs pelo Multishow.

Que eu não sou fã de festivais do tipo do Shop in Rio não é novidade para nenhum dos 30 leitores do Experience. Nem SWU, nem nenhuma outra franquia sem vergonha dessas que andam por aí. Com relação ao Pop in Rio, o nome (errado) já diz tudo e os organizadores deveriam ser acionados pelo Procon por propaganda enganosa. É como comprar um shampoo e dentro do frasco vir óleo de soja.

O SWU então é uma piada de mal gosto. Fazem um festival dito ecologicamente correto. Aí levam pra uma cidade do interior milhares de pessoas e, com elas, seu lixo, a poluição que geram no transporte tanto de ida como na volta. Na boa, o Greenpeace já foi melhor em termos de conscientização.

Voltando o Drop in Rio (incrível a quantidade de trocadilhos que o nome permite), assisti a abertura com o show dos Paralamas com os Titãs. Quem já viu essas bandas no auge, ou ao menos com uma atividade minimamente plena, ficou decepcionado. As vozes já não chegam onde deveriam e o nosso bravo Herbert Vianna parece digno de pena. Ok, cantar nunca foi seu forte ao vivo, mas nem a métrica o cara acerta mais. Sobre os Titãs, o mesmo de sempre: ótimas músicas, mas instrumentistas limitados. Você pode até argumentar que os caras estão velhos, que não são mais meninos. Bem, quem viu o Paul, com quase 70, fazer um show de 3 horas, totalmente afinado, não pode aceitar essa desculpa.

Deslocados mesmo estavam Barone e Bi Ribeiro, duas feras, assim como os músicos da Orquestra Sinfonica Brasileira, que mal podiam ser ouvidos no som ruizinho do Multishow.

Felizmente depois disso o vendaval derrubou minha luz e perdi o show da Claudia Leite, a baiana de São Gonçalo. Até queria ver o show do Elton John, mas não rolou. Sobre as outras atrações nem posso falar, primeiro porque não conheço, e segundo porque este é um blog sobre música.

Tô azedo? Tô.

E na boa, com a atual safra de shows que invadem o Brasil pra quê um festival chapa branca desse (quem é do Rio viu o RJ TV sendo apresentado de dentro da Cidade do Pop) pra comer nosso suado dinheirinho? O caos criado para se chegar e sair do local dos shows é típico de tudo que se faz naquela região, longe de tudo.

Mas tem o lado bom! Você pode andar de montanha russa ou roda gigante de graça! Uau!!!

Se você é daqueles que acha o festival o máximo, dá uma olhadinha neste site aqui:

Se ficou com preguiça, eu resumo pra você: Glastonbury é um festival na Inglaterra que começou em 1971. São literalmente centenas de atrações, do nivel de U2, Paul Simon, BB King, Coldplay, Fleet Foxes, só para ficar nos maiores, espalhados por dezenas de palcos, dos mais variados tipos.

Por tudo isso, não espere notícias sobre esse festival sem vergonha no Experience. Talvez algo sobre o Red Hot ou Stevie Wonder, mas parou por aí.

Sobre shows de um único artista, o tão aguardado Roger Waters, que apresentará em 2012 o The Wall no Brasil, resolveu adiar as apresentações. Motivo? Apenas em Buenos Aires, na européia Argentina, terá 7 (eu disse sete!) datas seguidas, empurrando as nossas pra frente. Aliás, Argentina e Chile estão ainda na nossa frente em termos de roteiros dos shows, mesmo com economias menos fortes.

Ou seja, há ainda um longo caminho a percorrer. Para onde? Sei lá! Quando chegar a gente descobre.

...e o pior é não ir no Clapton por falta de grana...

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