segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hoje no Rock: Bob Dylan: 69 anos

O menestrel do folk e do rock, Robert Allen Zimmerman nasceu na pequena cidade de Duluth, no estado americano de Minnesota, vindo de uma família de judeus-russos. Ainda muito jovem, aprendeu sozinho a tocar guitarra e piano, ao mesmo tempo que escrevia seus primeiro poemas.

Começou a cantar em bandas de rock, imitando Little Richards e Buddy Holly, mas quando entrou para a faculdade conheceu o folk, influenciado pelo cantor Woody Guthrie.


Seu primeiro trabalho (Bob Dylan) veio em 1962, mas foi seu segundo trabalho, The Freeweelin' Bob Dylan, de 1963, que lhe trouxe notoriedade. Nele estava o clássico Blowin' in the Wind, música que imediatamente associou Dylan aos movimentos pelo direitos civis e a músicas de protesto em geral, rótulo que ele recusaria posteriormente. Em 1963, sua participação no Newport Folk Festival alçou-o ao estrelato, assim como Joan Baez. Ambos tornaram-se os 2 grandes nomes do folk e da música engajada dos anos 60. O sucesso do álbum The Times They Are-A-Changing, de 1964, apenas consolidou esta posição. Na segunda metade dos anos 60, Dylan volta-se para temas como racismo e Guerra do Vietnam e adota um estilo mais elétrico, o que revoltou alguns fãs mais radicais, do seu estilo folk.

Os anos 70 foram de emoções distintas. Inicialmente, adota o The Band como sua banda de apoio após sofrer um acidente de moto, com quem grava The Basement Tapes. Lança grandes sucessos como If Not For You e Knockin' on Heaven's Door. Na segunda metade da década, Dylan divorcia-se e converte-se a cultos cristãos evangélicos. Sua temática passa a ser Gospel o que o afastou de muitos fãs antigos, mas aproximou-o dos fiéis de sua igreja.

Na década de 80, Dylan afasta-se da fé cristã e lança o disco Infidels. Nele o resgate por suas raizes judaicas fica claro como na música Jokerman. Mais tarde, une-se a George Harrison, Tom Petty, Jeff Lynne e Roy Orbison para formar o Traveling Wilburys que rende 2 discos. Na década seguinte, passa a fazer um balanço de sua carreira, voltando ao folk inicial e rompendo com compromissos de mercado.

Recentemente Bob esteve no Brasil, onde fez uma série de shows. Muito criticado por alguns por não tocar seus grandes sucessos, Dylan tem o porte de quem tem o direito de tocar o que bem entende. Ele foi o cara que mostrou a todos que as letras não precisam falar de amor. Costurou o folk ao rock, influenciando caras como John Lennon na forma de compor. Desde seu primeiro disco, ja foram quase 50 trabalhos, sendo o mais recente Christmas in the Heart, seu primeiro disco temático de natal.

Dylan é o menestrel do rock, o poeta que ensinou vários discípulos a compor, trazendo sua mensagem clara e direta, mas sempre com seu violão e sua gaita.

3 comentários:

zanna disse...

Único, na voz, no violao, na gaita, na música...parabéns!

Danilo. disse...

Viva o menestrel!

Luciano Ox disse...

Cara, te convidei ontem pra irmos no aniversário dele, fiquei te esperando pra te dar carona no meu jato, vc não veio, tb nem fui !
Viva Bob !!!!