Hoje, pode-se se dizer categoricamente que há exatos 42 anos o rock mudou para sempre. Sim, porque se você achava que a revolução beatle aconteceu com o Sgt. Peppers, você está redondamente enganado. A coisa começou um pouco antes, no final de 66 quando Brian Epstein pediu um novo single.
É importante lembrar que eles vinham de dois LPs experimentais, o Rubber Soul e o Revolver, onde haviam flertado com a música indiana e arranjos mais complexos. Um passo adiante nessa direção seria o caminho natural.
A primeira música apresentada foi Strawberry Fields Forever, um sonho psicodélico sobre um velho parque do Exército da Salvação de Liverpool, onde John costumava brincar. A outra era Penny Lane, que era um ponto final de uma linha de ônibus da cidade, perto de onde Paul havia crescido. Ou seja, ambas tinham a infância como ponto de partida.
O compacto foi lançado e, pela primeira vez, não chegou ao número um. Coube a um novato de nome estranho, Eglebert Humpedick a façanha de bater os Beatles, para depois mergulhar de volta no anonimato. Era o 13º compacto deles e acabou com fama de azarado. Na época, o que saia nos compactos não aparecia nos álbuns e logo em seguida eles lançaram o Sgt. Peppers. Mais tarde, as duas músicas foram inseridas no álbum Magical Mistery Tour.
Quando perguntam qual minha música favorita, claro que é impossível responder. Mas sinto vontade de dizer Strawberry Fields. Acho sua estrutura fantástica, sua sonoridade, seu clima etéreo. Desde sua primeira versão, só com John tocando violão, ela já apresenta algo mágico. Aos poucos foram sendo inseridos mais e mais instrumentos, a começar pelo Melotron, uma espécie de avô dos sintetizadores modernos. Em seguida entram instrumentos clássicos, indianos, rítmicos... Tudo isso amarrado com um John Lennon de voz fantasmagórica. E não custa lembrar que foi gravada em apenas 4 canais!
Acredito que se fosse lançado hoje, 42 anos depois, ainda seria de vanguarda e poucos a aceitariam facilmente como aconteceu em 67. Penny Lane tem igualmente uma construção esmerada, com um solo de trompete lindo, mas é Strawberry que mexe comigo. Poderia falar dela por horas, tem uma série de curiosidades e detalhes técnicos fantásticos, mas haverá oportunidade para mais. Por enquanto, separei pra vocês uma sequência com 4 versões de Strawberry Fields, da demo até a definitiva. Lá embaixo, os clipes de Strawberry Fields e Penny Lane.
http://www.4shared.com/file/38092723/e5f344b6/Strawberry_Fields.html
A primeira música apresentada foi Strawberry Fields Forever, um sonho psicodélico sobre um velho parque do Exército da Salvação de Liverpool, onde John costumava brincar. A outra era Penny Lane, que era um ponto final de uma linha de ônibus da cidade, perto de onde Paul havia crescido. Ou seja, ambas tinham a infância como ponto de partida.
O compacto foi lançado e, pela primeira vez, não chegou ao número um. Coube a um novato de nome estranho, Eglebert Humpedick a façanha de bater os Beatles, para depois mergulhar de volta no anonimato. Era o 13º compacto deles e acabou com fama de azarado. Na época, o que saia nos compactos não aparecia nos álbuns e logo em seguida eles lançaram o Sgt. Peppers. Mais tarde, as duas músicas foram inseridas no álbum Magical Mistery Tour.
Quando perguntam qual minha música favorita, claro que é impossível responder. Mas sinto vontade de dizer Strawberry Fields. Acho sua estrutura fantástica, sua sonoridade, seu clima etéreo. Desde sua primeira versão, só com John tocando violão, ela já apresenta algo mágico. Aos poucos foram sendo inseridos mais e mais instrumentos, a começar pelo Melotron, uma espécie de avô dos sintetizadores modernos. Em seguida entram instrumentos clássicos, indianos, rítmicos... Tudo isso amarrado com um John Lennon de voz fantasmagórica. E não custa lembrar que foi gravada em apenas 4 canais!
Acredito que se fosse lançado hoje, 42 anos depois, ainda seria de vanguarda e poucos a aceitariam facilmente como aconteceu em 67. Penny Lane tem igualmente uma construção esmerada, com um solo de trompete lindo, mas é Strawberry que mexe comigo. Poderia falar dela por horas, tem uma série de curiosidades e detalhes técnicos fantásticos, mas haverá oportunidade para mais. Por enquanto, separei pra vocês uma sequência com 4 versões de Strawberry Fields, da demo até a definitiva. Lá embaixo, os clipes de Strawberry Fields e Penny Lane.
http://www.4shared.com/file/38092723/e5f344b6/Strawberry_Fields.html
3 comentários:
"Quando perguntam qual minha música favorita, claro que é impossível responder. Mas sinto vontade de dizer Strawberry Fields."
Já eu nem pisco: Strawberry Fields é a minha música favorita não só dos Beatles, mas de Música como um todo...
Só não saberia fazer uma descrição tão bacana quanto a sua, sobre os porquês dela ser tão especial...
:-)
Strawberry Fields Forever? Também poderia falar horas dela....
Olá Caio, tudo bem?
Eu estava lendo seu blog hoje e gostaria só de colocar que Strawberry Field, foi um orfanato construído próximo a casa de John Lennon, onde ele costumava brincar e que era patrocinado pelo Exército da Salvação.
Por isso, também essa música é colocada no filme I Am Sam, quando o Sean Penn resgata sua filha da instituição em que ela estava.
Aqui um pouco mais dessa história:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/cultura/story/2005/05/050531_strawberryml.shtml
http://musica.uol.com.br/ultnot/reuters/2005/01/12/ult279u4964.jhtm
Ai, ai, chorei ao lembrar desse filme.
Beijos
Alê
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