Finalmente saiu o tão aguardado March of the Zapotec, o novo trabalho de Zach Condon e seu projeto Beirut. Na verdade trata-se de um EP duplo, sendo que cada um deles tem uma inclinação sonora distinta. Talvez por isso não seja um CD apenas.
Depois de passear pelos Balcãs e pela França, Zach não foi pra longe de casa em Zapotec. No primeiro EP ele explora a sonoridade dos sopros funerais mexicanos, bem próximos do Novo México, sua terra natal. A faixa de abertura, El Zocalo, é o cartão de visitas perfeito, soando como uma orquestra de escola.
La Llorona é o ponto alto do trabalho. Tem os metais perfeitamente associados à voz de Zach, com a criatividade que estamos acostumados a ouvir. É a faixa que vai aparecer daqui ha 10 anos quando sair o seu Best Of. O problema de começar um disco assim é que, daqui pra frente, é ladeira abaixo. A primeira parte conta ainda com My Wife (que soa como trilha sonora), a dramática The Akara, On a Bayonet e The Shrew
A segunda parte, intitulada Real People Holland traz a influência eletrônica de Zach. Confesso que estava apreensivo para este EP. E tinha motivo. Ele abre logo com My Night With a Prostitute From Marseille, baseada em loops de sintetizadores. My Wife Lost in Wild segue a mesma batida, mas Venice mostra como recursos eletrônicos podem ser bem utilizados, valorizando a voz de Zach. Concubine é um misto dos dois mundos, mas No Dice soou para mim como uma música de videogame, apesar da melodia lembrar em alguns instantes Sunday Smile.
Entendo a idéia de Zach de dividir o trabalho em dois, visto que são realmente distintos. Mas em tempos de mp3, onde raramente as músicas são ouvidas na ordem certa, talvez isso seja perdido. A minha sensação foi de um disco que começou bem e se perdeu na metade.
Se analizarmos como um todo, acho que o trabalho não chega ao nível nem de Gulag Orchestar, nem de Flying Club Cup. Alguns podem argumentar que não é um CD, e sim um EP duplo. Ok, então diria que March of Zapotec até se saiu bem, mas real People Holland não se compara nem a Lon Gisland e muito menos a Elephant Gun. Na média, ficou razoável.
Por outro lado, não podemos negar a criatividade e o poço de influências que Zach já é, com tão pouca idade.
Depois de passear pelos Balcãs e pela França, Zach não foi pra longe de casa em Zapotec. No primeiro EP ele explora a sonoridade dos sopros funerais mexicanos, bem próximos do Novo México, sua terra natal. A faixa de abertura, El Zocalo, é o cartão de visitas perfeito, soando como uma orquestra de escola.
La Llorona é o ponto alto do trabalho. Tem os metais perfeitamente associados à voz de Zach, com a criatividade que estamos acostumados a ouvir. É a faixa que vai aparecer daqui ha 10 anos quando sair o seu Best Of. O problema de começar um disco assim é que, daqui pra frente, é ladeira abaixo. A primeira parte conta ainda com My Wife (que soa como trilha sonora), a dramática The Akara, On a Bayonet e The Shrew
A segunda parte, intitulada Real People Holland traz a influência eletrônica de Zach. Confesso que estava apreensivo para este EP. E tinha motivo. Ele abre logo com My Night With a Prostitute From Marseille, baseada em loops de sintetizadores. My Wife Lost in Wild segue a mesma batida, mas Venice mostra como recursos eletrônicos podem ser bem utilizados, valorizando a voz de Zach. Concubine é um misto dos dois mundos, mas No Dice soou para mim como uma música de videogame, apesar da melodia lembrar em alguns instantes Sunday Smile.
Entendo a idéia de Zach de dividir o trabalho em dois, visto que são realmente distintos. Mas em tempos de mp3, onde raramente as músicas são ouvidas na ordem certa, talvez isso seja perdido. A minha sensação foi de um disco que começou bem e se perdeu na metade.
Se analizarmos como um todo, acho que o trabalho não chega ao nível nem de Gulag Orchestar, nem de Flying Club Cup. Alguns podem argumentar que não é um CD, e sim um EP duplo. Ok, então diria que March of Zapotec até se saiu bem, mas real People Holland não se compara nem a Lon Gisland e muito menos a Elephant Gun. Na média, ficou razoável.
Por outro lado, não podemos negar a criatividade e o poço de influências que Zach já é, com tão pouca idade.
Um comentário:
Esse Zach manja...Curti a animação!!Música única...voz perfeita...
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