domingo, 4 de janeiro de 2009

Hoje no Rock: Michael Stipe, 48 anos

Em 4 de janeiro de 1960 nascia na cidade de Decatur, Georgia, John Michael Stipe que durante sua infância perambulou por vários estados americanos acompanhando seu pai, militar do exército. Mas a coisa mudou mesmo quando ele parou em Athens para estudar arte.

Foi lá que conheceu Peter Buck numa loja de discos. Logo em seguida Mike Mills e Bill Berry se juntaram ao que seria o REM. Todos sairam da faculdade e passaram a focar na banda que lançou o single Radio Free Europe. O sucesso no circuito universitário americano foi tanto que eles acabaram assinando um contrato com a IRS, tradicional selo alternativo americano.

Apesar do sucesso no cenário mainstream só ter vindo em 1991 com Out Of Time e o hit Losing My Religion, Stipe e o REM já eram bem conhecidos nos EUA. Principal letrista e vocalista da banda, Stipe dava o cunho artistico e ativista do grupo, sempre com letras parte surreais, parte críticas. Segundo ele mesmo, o REM surgiu durante a era negra dos políticos americanos (os anos Reagan / Bush) e era simplesmente impossível não ser ativista.

Em 1987 Stipe funda a C00 Films com Jim McCay e passa a produzir também cinema. Filmes como "Quero Ser John Malkovich" e "Man on the Moon" tem o dedo de Stipe, assim como a direção de vários clips do REM.

Em 1992 surgiram boatos dando conta de que Stipe teria contraído o vírus HIV. Segundo ele, isso só aconteceu porque nunca havia sido claro sobre sua sexualidade, dando margem para especulações. Mais tarde, em 1994, declarou que não era nem hétero, nem homo, nem bissexual, apenas mantinha-se aberto às oportunidades. Já em 2001, ele revelou que vivia com um companheiro já há 3 anos.

Hoje, além do REM, Michael Stipe tem vários projetos paralelos, como vocalista e produtor, mas sem esquecer do seu lado ativista, seja politicamente, seja em causas ambientais. Recentemente produziu um single beneficente em prol das vítimas do furacão Katrina que chegou ao primeiro lugar no Canadá.

A discussão sobre o que é ou não clássico sempre vem a tona. Costumo dizer que as duas últimas bandas que considero clássicas são o U2 (apesar das bizarrices cometidas recentemente) e o REM. Um se corrompeu e não toca rock faz tempo, mas o outro continua com o mesmo estilo do começo, apesar de ter alçado o estrelato. Muito disso, deve-se à postura de Michael Stipe a frente da banda.

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