segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hoje no Rock: Pete Townshend - 63 anos

Peter Dennis Blandford Townshend nasceu na cidade de Chiswick, nos arredores de Londres e suas influências musicais começaram dentro de sua própria família. Seu pai Cliff era saxofonista e sua mãe Betty, cantora. Aos 12 anos ganhou de sua avó seu primeiro violão e a essa altura já havia sido contaminado pelo rock and roll que vinha da América. O nariz avantajado, que para muitos seria motivo de vergonha, o fez querer ser alguém famoso. Só assim seria reconhecido de outra forma.

Em 1961 fundou com seu colega de escola John Entwistle sua primeira banda, os Confederates. Mas engana-se quem pensa que era uma banda de rock. Eles tocavam Dixieland, com Pete no banjo e John no trompete. O ritmo mudou para o skiffle (uma espécie de folk inglês) com a entrada de Roger Daltrey. A banda agora chamava-se The Detours. Daí para a entrada de Keith Moon e a criação do Who foi um pulo.

Essa formação foi fundamental para o desenvolvimento de Pete como compositor e guitarrista. A cozinha formada por John e Keith segurava a base melodica, para que Pete pudesse criar seus power chords. É dele também uma invenção que muitos creditam a Hendrix: destruir guitarras.

Se o Who[bb] projetou Pete Townshend para o mundo do rock, sua carreira solo sempre foi prolífica com vários albuns a partir dos anos 70. Foi também o primeiro a por em prática a expressão ópera rock, primeiro com Tommy, depois com Quadrophenia.

Pete ainda está na ativa hoje, tanto solo como numa recente turnê com o Who. Apesar de sofrer de surdez, continua compondo e tocando ao vivo. Se não exibe mais a energia de outros tempos, continua sendo o mesmo guitarrista vigoroso, com volume no talo e sua distorção característica.

Quando resolvi comprar uma SG há uns 10 anos, foi primeiramente para tirar o mesmo som. Não sou dado a babações de ovo, não curto idolatria. Mas se teve um cara que realmente influenciou minha forma de tocar, foi Pete Townshend. Primeiro pelo tipo de som, segundo por conseguir transformar suas limitações na guitarra (ele nunca foi exatamente um "virtuose") em recursos pra lá de criativos. Para os que dizem que caras como Jeff Beck tocam muito mais que ele, a resposta é direta: "Acho que eles sentem muito mais falta do meu talento para compor, do que eu do deles para tocar rápido".

Pra vocês, um som solo dele, do album The Best Cowboys Have Chinese Eyes, de 1982: The Sea Refuses No River.


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