quarta-feira, 30 de abril de 2008

Rock com Pipoca: The Dark Side of Oz

No último final de semana recebi do meu pai uma pérola que há muito tempo estava curioso para assistir. Trata-se de uma das maiores lendas da história do rock e por muito tempo duvidei que tivesse um mínimo de nexo. Foi batizada pelos fãs do Pink Floyd[bb] de The Dark Side of Oz (ou Dark Side of the Rainbow) e, como o nome sugere, é um cruzamento do disco mais famoso do rock progressivo com o clássico de Hollywood de 1939, O Mágico de Oz.

Reza a tal lenda que, se você colocar o disco para tocar, sincronizado com o terceiro rugido do leão da Metro, ele magicamente torna-se uma trilha sonora do filme, com músicas e cenas perfeitamente interligadas, em seus temas e climas. O tal DVD que recebi já tem a trilha do Pink Floyd montada sobre o filme, então tudo ficou mais fácil. Você pode encontrá-lo já dessa forma no Emule.

Comecei a assistir cético, deveria ser mais uma loucura de algum fã com a cabeça cheia de LSD. Mas meu ceticismo não durou até o final da primeira cena. Para os que lembram, o filme começa em preto e branco, com Dorothy no Kansas, na chegada de um tornado. Todo o clima instrumental do começo do disco, denso, faz um pano de fundo perfeito para as cenas. Quando Dorothy cai dentro de um chiqueiro, a sincronia com On The Run é perfeita.

A partir dai, você já nem sentirá falta do som original. Outro momento sensacional é quando o tornado chega e a casa começa a voar, perfeitamente sincronizado com o solo vocal de The Great Gig in the Sky. Mas nada supera a chegada de Dorothy a Oz, quando o filme fica finalmente colorido. O momento sincroniza perfeitamente com a entreada de Money, dando até um clima de videoclip.

Acontece que o disco tem cerca de 40 minutos e o filme, aproximadamente 2 horas. Então quando o cd termina ele começa novamente. A partir daí, a sincronia cai muito e fica mais por conta do nosso ouvido já treinado a assistir ouvindo ao Pink. Ainda há cenas sincronizadas, mas prefiro creditar essa sincronia à coincidência mesmo.

Quando perguntaram à banda nos anos 70 se seria intencional, eles não disseram nem que sim, nem que não. Mas, conhecendo o nível de exigência de Roger Waters e sua genialidade, acho muito fácil acreditar que tenha sido realmente proposital. Há inclusive referências ao filme em outros discos do PF, como 6 garotas carregando um enorme sapato vermelho no encarte de Pulse. Mais detalhes nesse site gringo:
http://www.everwonder.com/david/wizardofoz/

Meu conselho? Assista e tire suas próprias conclusões. Se você achar que não tem nada a ver e não passa de viagem, pelo menos terá assistido dois clássicos ao mesmo tempo.

Se não conseguir baixar do Emule, há no Iutubiu toda a seqüência da primeira execução do CD, dividida em 7 partes. Ai embaixo, a primeira parte.


Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei da sua crítica sobre o filme, Caio, apesar de que eu não vi o filme, mas fiquei realmente curiosa. Nunca tinha ouvido falar nesse filme.

O que eu achei interessante foi a maneira como você relatou alguns elementos que te foram rlevantes. Quero dizer com isso que você mostrou de forma intensa em ralacão a trilha sonora do filme, combinado com as passagens dele.

adorei o post e vou assistir-o mais tarde.

beijos e saudades

julia