Como bons britânicos, os músicos do Iron Maiden iniciaram com pontualidade, às 20h, o único show em São Paulo da turnê mundial Somewhere Back in Time. Aces High, uma música que fala da urgência de voar, abriu o show para o êxtase dos 37 mil fãs que se esforçaram para adquirir um ingresso (esgotados dez dias depois do início das vendas). A platéia foi aquecida pela apresentação da filha do baixista e fundador do grupo, Lauren Harris.
Na última sexta-feira, logo que pousaram em solo brasileiro e desembarcaram do Astraeus Boeing 757 pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson, o próprio comandante declarou em entrevista exclusiva para a Globo que o público iria gostar mais do show realizado domingo do que do histórico Rock in Rio de 1985. “Porque hoje nós tocamos melhor”, disse com simplicidade. Naquela ocasião a banda registrou a maior platéia de sua existência: 300 mil pessoas.
E quem viu e ouviu Iron nos anos 1980 voltou no tempo com a cenografia que faz referência às turnês dos álbuns Powerslave (1984-85) e Somewhere in Time (1986-87). Além de Harris e Dickinson, o baterista Nicko McBrain e os guitarristas Adrian Smith, Janick Gers e Dave Murray emendaram com 2 Minutes to Midnight, Revelations, The Trooper e Wasted Years. Foi só o começo de uma noite de clássicos para entrar na história do heavy metal.
Bons tempos aqueles em que 37 mil pessoas, tanto num show como numa partida de futebol, era um fracasso de público. Mas os anos passaram, as coisas mudaram, as bandas envelheceram, os ingressos ficaram caros... O rock, assim como o futebol, ficou elitista.Pra quem não lembra, no Rock in Rio o público para o mesmo Iron, no auge da forma foi de meros 300 mil espectadores. Alguém pode dizer que eram outros tempos, não havia a mesma qualidade de som, de palco, de produção. Mas sinceramente, who fucking cares?
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