domingo, 2 de março de 2008

Rock com Pipoca: Cat Stevens - Majikat

Quando se fala em Cat Stevens[bb], todo mundo pensa no cara que fazia sucesso e largou tudo pra ser monge. Ok, é por aí, mas na verdade é muito mais que isso.

Tenho me cobrado postar algo sobre ele há algum tempo, já que Cat é uma das minhas maiores influências, pela forma que compõe e toca violão. A voz rouca é bem característica, assim como os arranjos predominantemente acústicos.


Ele começou sua carreira em meados dos anos 60 no auge da explosão do brit pop, mas seguiu um caminho diferente das demais.


Logo seu estilo se destacou, por ser único na época e antecipando o que bandas como America e Eagles fariam nos anos 70. Outro diferencial eram as suas letras com caráter existencial e místico. Cat começou a emplacar vários hits, como Father and Son, Peace Train, Moonshadow e The Wind. Mas sua grande revolução espiritual ainda estava por vir.

Toda sua busca mística passou pelo budismo, numerologia e outras filosofias, antes de ser introduzido ao Alcorão e ao Islamismo. Cat então percebeu que o mundo do showbizz não condizia com a busca espiritual que ele tentava. No meio desse cenário, estava a turnê Majikat, um misto de show com números de mágica. A idéia era filmar o show e lança-lo em video.

Acontece que Cat abandonou a música e as filmagens desse show de 1976 foram esquecidas no cofre de um banco. E lá ficaram por 30 anos, até serem finalmente lançadas em DVD. Além de um excelente show, com ótima qualidade de audio e vídeo (película), o DVD traz excelentes extras, com clips originais, cenas de outros shows e uma excelente entrevista gravada em 2005, onde Cat, agora usando seu nome muçulmano de Yussuf Islam, conta com detalhes toda a sua história, incluindo o momento de sua conversão ao islã. Inclui também um ótimo material gráfico, com livretos e lindas fotos.

Material obrigatório por ser seu último registro ao vivo e mostrando um Cat Stevens em plena forma, com uma ótima banda. Vale uma olhada no seu último CD, chamado Another Cup. Apesar de agora chamar-se Yussuf Islan, seu estilo permanece o mesmo, com predominancia dos violões e com sua voz rouca no auge da maturidade.

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