
Essa transformação só foi claramente notada 2 anos depois, com o Sgt. Peppers, mas é indiscutível que a experimentação começou nesse trabalho, continuou no Revolver para, finalmente, alcançar a maturidade no Pimenta. Rubber é incrível por trazer vários pioneirismos dos Beatles, como uso de cítara em Norwegian Wood. Em Michelle, Paul usou frases em francês e em In My Life, Lennon fala das suas lembranças com um piano magistralmente conduzido por George Martin. É importante lembrar que na época as músicas dos compactos não saíam nos LPs. O compacto com We Can Work It Out e Day Tripper foi lançado na mesma época do Rubber e bateu o record de vendas até então, superando o trabalho anterior, com Cant Buy me Love. Outra curiosidade é que We Can Work It Out foi a música que eles mais demoraram para gravar até então: 12 horas!
A capa mostra os quatro “esticados”, como se fossem de borracha. Segundo a lenda, isso aconteceu quando viam num projetor de slides as fotos feitas para a capa. Quando a foto em questão foi apresentada, a tela se soltou e deixou a projeção esticada. Eles adoraram e perguntaram se seria possível utilizá-la assim. E assim foi feito! Outra lenda dá conta que o Rubber Soul teria influenciado as composições de Brian Wilson para o Pet Sounds do Beach Boys.
Particularmente, considero Rubber Soul e Revolver discos complementares. Talvez pudessem ter sido um álbum duplo, mas isso ainda não havia sido inventado em 1965. Os Beatles só inventariam esse conceito anos mais tarde, com o White Album.
Destaques para Nowhere Man, In My Life e If I Needed Someone.
Taí o cara no RapidShare
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