terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hoje no Rock: Phil Collins, 61 anos

Inglês de Chiswick, Phillip David Charles Collins trouxe a arte no seu DNA graças à sua mãe June, agente teatral. Mas graças ao seu tio, que lhe deu uma bateria de presente, Phil entrou na música. Desde cedo tocava bateria acompanhando a TV ou o rádio, o que fez com que nunca aprendesse a ler ou escrever partituras, embora tivesse desenvolvido uma forma própria de notação musical.

Na adolescência começou sua experiência no teatro, com vários papéis secundários e trabalhos com figuração, como em A Hard Days Night, dos Beatles. Apesar do flerte com o teatro, nesta mesma época fundou sua primeira banda, The Real Thing, e começou a tocar em outras como baterista contratado. Nesta época fez sua primeira gravação profissional com a banda Flaming Youth, um disco conceitual que acabou sem sucesso comercial. Mais tarde, aos 19, participou tocando percussão no mítico All Things Must Pass, de George Harrison.

Em 1970, o Genesis estava gravando seu terceiro álbum e precisava de um novo baterista. Nos anteriores, 3 nomes haviam passado pelas baquetas, sem esquentar o lugar. Phil chegou cedo e ficou prestando atenção aos outros concorrentes, que tocavam faixas do segundo álbum da banda. Memorizou as partes, tocou da sua forma e entrou na banda. Nursery Crime foi lançado um ano depois.

No ano de 1975 acontece a saída de Peter Gabriel do Genesis e, após uma série de substituições e revesamentos na bateria, Phil Collins assumiu os vocais no álbum de 1976, A Trick of the Trail, que chegou ao número 3 na parada britânica. Phil ainda tocava bateria na banda de jazz Brand X, mas com a agenda do Genesis lotada, era comum ver bateristas suplentes nos shows.

Nos anos 80 Phil deu força à sua carreira solo, mas mantendo os trabalhos do Genesis, agora com um caráter mais radiofônico, como em Land of Confusion (capa aí do lado) e Invisible Touch. Seu último trabalho com a banda foi We Can't Dance, de 1991 e sua saída oficial aconteceu em 96. Neste período, Collins tinha uma sólida carreira solo, dirigida ao pop-rock e envolvendo produções de outros artistas e trilhas sonoras.

Uma imensa lista de sucessos como In The Air, Against All Odds, Take me Home, Sussudio, Easy Lover, One More Night, Don't Lose My Number... a lista é imensa, talvez a maior de um músico em carreira solo em toda a história. Isso fez que, junto com Paul McCartney e Michael Jackson, se tornasse um dos únicos 3 nomes a vender mais de 150 milhões de discos em carreira solo. Phil Collins é também recordista em número de hits na Billboard, além de ganhar inúmeros prêmios como cantor e compositor.

Há cerca de um ano Phil anunciou sua aposentadoria. Com sua audição arruinada e um problema nos tendões que o impede de tocar bateria, resolveu sair de cena dizendo simplesmente que "ninguém vai sentir a minha falta". Ainda segundo ele, sua super exposição ao longo dos anos 80 e 90 (tanto no rádio como na TV) fez com que o público aos poucos começasse a enjoar da sua voz.

O pobre cenário musical atual prova que você está errado Phil!

Um comentário:

Ricardo Cadar disse...

Sem dúvida, o mais completo artista de todos os tempos...