quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Hoje no Rock: Wings Wild Life

Em 7 de dezembro de 1971 Paul McCartney dava o pontapé inicial na banda que o acompanharia pela próxima década, os Wings. Ok, concordo com os que dizem que nada mais era que uma justificativa para incluir sua esposa Linda no barco, mas também é verdade que contava com os ótimos Denny Seiwell (James Brown, Janis Joplin) na bateria e Denny Laine (Moody Blues) na guitarra solo.

Após um breve período de ensaios na Escócia, Paul se reuniu com a banda no bom e velho Abbey Road para a igualmente curta gravação do álbum Wild Life, que levou pouco mais de uma semana.

A maior parte das faixas foi gravada em um take único. A ideia era registrar o frescor das composições, num clima cru e descontraído. No começo da primeira faixa, Mumbo, dá para ouvir Paul gritar para o operador Tony Clarke "Take it, Tony".

A recepção pela crítica foi morna, muitos chamando o álbum de "super valorizado", tendo valor apenas por ser uma obra de um ex-beatle. Realmente é um álbum irregular, mas contendo ao menos 3 grandes canções: Tomorrow, Love is Strange e Dear Friend, que muitos dizem ter sido composta durante um período de reaproximação com John Lennon, após as polêmicas envolvendo Too Many People (Ram) e How Do You Sleep (Imagine).

O desempenho foi discreto, alcançando um 11º lugar na Inglaterra e o 10º nos Estados Unidos. O álbum foi relançado em 1993 contendo novas faixas, como Mary Had a Little Lamb, a polêmica Give Ireland back to Irish, Little Woman Love e Mama'a Little Girl.

Independente de ser um álbum bom ou ruim (não é nem um nem outro, como disse é regular), Wing Wild Life marca por ser o ponto de partida dos Wings e inaugura uma nova fase macartiana, após seus primeiros trabalhos pós-Beatles.


Nenhum comentário: