
São a mesma pessoa, mas não são, estão separados por uma ausência dos palcos de quase 3 décadas. Se partirmos daí tenho tudo para considerar sim, Yusuf. Mas a sonoridade ainda remete, e muito, ao bom e velho Cat. Sobre as letras terem um ar mais espiritualizado, não acho que seja argumento. Elas já eram assim, basta ouvir The Wind. A diferença é que agora elas tem mais do Islã, que acrescentaram uma pitada interessante ao seu violão. Mas vamos ao cedê.
Everytime I Dream tem ares de folkrock, mas a seguinte, The Rain, é uma das melhores do disco, com um ar tenso e por momentos até meio pessimista, o que não faz parte do repertório de Yusuf. World of Darkness mantém o ar denso e a coisa segue como se fosse o final de um "lado A".
Sim, porque a seguinte Be What You Must nos remete ao bom e velho Cat Stevens, começando pela introdução, auto-plagiada de Sittin', de 1972. Até o coral de crianças tem essa referência. O ritmo cai um pouco com This Glass World, mas a faixa título, Roadsinger, é um Cat Stevens clássico, com todos os elementos que ele sempre gostou. O clima alto astral continua na sequencia em All Kind of Roses e o final do disco tem ares mais místicos com Dream On e a instrumental Shamsia.
Como disse no começo, é dificil avaliar um disco do Cat/Yusuf. O anterior, Another Cup me agradou muito, mas também pelo fato de ser uma surpresa. É um disco com ótimas músicas, mas ainda irregular, coisa que Roadsinger não é: ele rola com facilidade e quando você nota, acabou. Assim que é bom!
Nota 8 pra ele então!

Um comentário:
Que música linda!
Adorei a Kombi!rs
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