Quando anunciou seu novo trabalho, No Line on the Horizon, Bono Vox declarou que seria um lançamento que iria revolucionar o rock. Bom, até poderia ser, desde que fosse um disco de rock mesmo, porque o que se ouve do começo até o final é um som eletrônico e cansativo.
Levando-se em conta que não é um disco de rock, já fica complicado pra mim avaliar. Ok, eu assumo! Odeio efeitos eletrônicos gratuitos, e por muito menos meti o couro no novo do meu atual queridinho, o Beirut de Zach Condon. Mas vou dizer o que?
O que posso dizer é que esperei ansiosamente pelo fim do disco ao longo de 11 preguiçosas faixas. A guitarra carregada de delays do The Edge continua lá (ele só sabe fazer isso mesmo) assim como os discretos Adam Clayton e Larry Mullen. Mas falta algo. Nem a capa colaborou. Tentaram algo minimalista, mas ficou simplória.
Se você é fã do U2 e já está puto comigo só de ler até aqui, vai concordar que, para quem promete mundos e fundos, a sensação é de uma decepção após terminar a audição. E isso porque ele recorreu até ao guru Brian Eno na produção. A verdade é que estou esperando um Disco do U2, assim mesmo com letra maiúscula, desde Rattle and Hum. E lá se vão mais de 20 anos... Aliás, esse é um ponto positivo do disco: o Pop (1997) é pior!
Hoje li no Whiplash uma notícia onde The Edge lamentava o fato do álbum ter vazado antes do lançamento (2 de março). Realmente, eu também lamento. Pra encerrar, volto a dizer: Bono pra mim é biscoito de chocolate!
3 comentários:
não vi nada de eletronico no album, se vc não gosta de rock inovador e prefere ficar ouvindo pra toda a vida musica velha, bele, mas vc deve se informar mais ao o que siguinifica o rock n' roll.
Paco
Eu escuto sim som novo, até citei o Beirut no texto, não sei se você conhece. Só que o blog é voltado para rock clássico, por isso falei do U2, uma banda com 30 anos de estrada, ou segundo você, velha. Aliás li seu blog e você também gosta de música velha como Beatles e Stones.
Não disse que é um disco eletrônico. Disse que eles usam muito recurso eletrônico e que não é um disco de rock. Muito menos revolucionário. Achei chato sim, mas como também escrevi acabo sendo suspeito para avaliar. Mas não fui o único não. Dá uma olhada nesse review do Globo por exemplo:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2009/02/20/critica-cd-no-line-on-the-horizon-traz-u2-modesto-754520672.asp
Mas não esquenta não, blog é assim mesmo e essa é a beleza da coisa. Eu não gostei, você gostou, cada um na sua. Isso sim é revolução.
"Bono pra mim é biscoito de chocolate!".....faço coro com vc!
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