
Schenker, do alto de seus 62 anos, agita todos os momentos do show, faz pose para os fotógrafos com seus óculos cheios de estilo e suas guitarras “V” da Ferrari e Mercedes Benz. É visível o prazer do músico no palco. A performance do guitarrista é realmente um destaque no show.
Matthias Jabs e Pawel Maciwoda são mais discretos e nem por isso se mostram apáticos. O baixinho Klaus Meine, sempre sorridente, é um exemplo de carisma e continua com a voz em ótima condição. James Kottak também é “uma figura”. Toca muito e ainda interage com a platéia.
Aliás, o baterista norte-americano foi protagonista de um dos momentos mais legais do show. Durante seu solo, o “Kottak Attack”, um vídeo sincronizado passava ao fundo imagens que mostravam Kottak vivenciando as situações das capas dos discos da banda como usando sapatos com hélices que reproduzem o clássico “Fly to the Rainbow”.
Um dos trechos mais engraçados foi com a capa de “Lovedrive”. Kottak aparece entrando em um carro com a bela mulher e depois de um beijo cinematográfico percebe que se trata de uma boneca inflável. Impagável!
Em relação ao repertório, infelizmente aí a banda poderia ter feito um esforço e dado um presente a mais aos fãs. Afinal, esta é a última turnê. O show começou com “Sting in the Tail” e seguiu um roteiro certeiro de sucessos cantados por todos: “Bad Boys Running Wild”, “The Zoo”, “Tease Me, Please Me”, “Big City Nights”, “Wind of Change” e “Loving You Sunday Morning”.
Do disco novo, além da faixa título, tocaram “The Best is Yet to Come” e “Raised on Rock”. No bis, “Still Loving You” e “Rock You Like a Hurricane”. Momentos muito bacanas foram em “Coast to Coast”, “Make it Real” - uma música nem tão conhecida - e na ótima “Dynamite”.
Claro que cada fã tem suas preferências, mas a banda poderia ter lembrado clássicos da primeira fase, como “Picture Life”, “Robot Man” e a belíssima “In Transe”. Nenhuma música do ótimo “Humanity: Hour 1” entrou no repertório.
Ao assistir o show é inevitável a pergunta: mas por que parar? Enquanto outros nomes importantes da história do Metal se arrastam no palco ou fazem intermináveis turnês de despedida, o Scorpions mostrou que o cansaço da estrada não afetou o talento nem o prazer de estar no palco.
fonte: Rock Online
No que me diz respeito, não fará muita falta não, mas muita gente gosta. Então...
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