Se você, assim como eu, imagina que o Keith Richards foi o maior doidão da história da música, talvez precise rever seus conceitos. Porque é essa a impressão que fica após terminar de ler o excelente Tim Maia - Vale Tudo, de Nelson Motta.
Autodefinido "preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares", Sebastião Rodrigues Maia é, na minha modesta opinião, um costureiro habilidoso, capaz de unir o soul e o funk americanos aos ritmos brasileiros, a jovem-guarda à bossa-nova, Elis Regina a ele mesmo.
Tijucano (assim como eu), tinha como amigos de adolescência Jorge (que ainda era só Ben), Erasmo e Roberto Carlos (que segundo o próprio Tim, aprendeu a tocar violão com ele). Resolveu tentar a sorte nos states enquanto seus amigos estouravam com a Jovem Guarda. E ele acaba preso e deportado.
Foi lá que experimentou o seu primeiro baseado (que nunca abandonou) e que incrementou com intermináveis sessões de "triatlon", combinação de maconha, cocaína e whisky que por muitas vezes o deixou fora de combate e dos palcos. Por outro lado, foi um dos primeiros a controlar os direitos autorais das suas composições. Como ele próprio dizia "Gilberto Gil, Caetano, Chico, Edu Lobo, Francis Hime... tudo formado, diplomado, doutorado, mas ninguém tem os direitos sobre suas próprias gravações. Depois o doidão sou eu!".
Libertário por essência, Tim fez questão de tocar com quem queria, o que queria e principalmente, quando queria. Fato raro na música brasileira, cheia de puxa-saquismos, duetos forçados e adulações. Pagou com inúmeros processos, que só não o levaram à falência, porque morreu antes. Aliás, morreu aqui em Niterói...
Obra essencial não apenas para conhecer Tim, mas muita gente que ele uniu com a sua habilidosa agulha musical, com sua voz única e seu balanço característico. Segundo ele, disco bom tem que ter mela-cueca e esquenta-suvaco. Receita seguida à risca ao longo de muitos anos de sucesso. Tim não fez concessões. Para ele, sempre valeu tudo!
Autodefinido "preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrências e deficiências capilares", Sebastião Rodrigues Maia é, na minha modesta opinião, um costureiro habilidoso, capaz de unir o soul e o funk americanos aos ritmos brasileiros, a jovem-guarda à bossa-nova, Elis Regina a ele mesmo.
Tijucano (assim como eu), tinha como amigos de adolescência Jorge (que ainda era só Ben), Erasmo e Roberto Carlos (que segundo o próprio Tim, aprendeu a tocar violão com ele). Resolveu tentar a sorte nos states enquanto seus amigos estouravam com a Jovem Guarda. E ele acaba preso e deportado.
Foi lá que experimentou o seu primeiro baseado (que nunca abandonou) e que incrementou com intermináveis sessões de "triatlon", combinação de maconha, cocaína e whisky que por muitas vezes o deixou fora de combate e dos palcos. Por outro lado, foi um dos primeiros a controlar os direitos autorais das suas composições. Como ele próprio dizia "Gilberto Gil, Caetano, Chico, Edu Lobo, Francis Hime... tudo formado, diplomado, doutorado, mas ninguém tem os direitos sobre suas próprias gravações. Depois o doidão sou eu!".
Libertário por essência, Tim fez questão de tocar com quem queria, o que queria e principalmente, quando queria. Fato raro na música brasileira, cheia de puxa-saquismos, duetos forçados e adulações. Pagou com inúmeros processos, que só não o levaram à falência, porque morreu antes. Aliás, morreu aqui em Niterói...
Obra essencial não apenas para conhecer Tim, mas muita gente que ele uniu com a sua habilidosa agulha musical, com sua voz única e seu balanço característico. Segundo ele, disco bom tem que ter mela-cueca e esquenta-suvaco. Receita seguida à risca ao longo de muitos anos de sucesso. Tim não fez concessões. Para ele, sempre valeu tudo!
5 comentários:
Fiquei com vontade de ler...
Ganhei de presente de aniversário da hermana! Tá na minha lista de próximas leituras...
Descobri que gosto de biografias. Na proibidona do Rei, quando fala da vinda dele ao RJ, tem boa parte falando do Tim Maia...dali já deu pra ver que o bicho sempre foi doido mesmo....
Ele "trabalhava" pra mãe entregando quentinhas que frequentemente não chegavam ao destino...pq o TM ia jogar bola e depois comia as entregas....
Nunca ia imaginar que o RC ia começar logo com o TM, mas assim foi...quem diria, né?
Em tempo - gostei muito de ver vc falando aqui de nomes nacionais! :-)
Otimo... um produto nacional!concordo com Danfer
Dan, se não falo muito do som nacional é basicamente pq a orientação do blog é para o rock clássico. O que podemos chamar de rock clássico em termos nacionais? Tim com certeza. Mas os outros raramente produzem notícia ou dados relevantes.
Anyway, prometo dar mais destaque ao material brazuca daqui pra frente.r
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