quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Hoje no Rock: Elvis, 74 anos

Hoje já acordei com a difícil tarefa de escrever sobre o aniversário de Elvis Aaron Presley e confesso que não sei nem por onde começar. Elvis é um daqueles casos onde todos já falaram tudo que tinha pra ser dito. Mas a dificuldade vai além.

O maior problema é que eu não vejo Elvis como o rei ou pai do rock que muitos consideram. Pra falar a verdade, acho que a sua grande contribuição aconteceu apenas na primeira etapa de sua carreira, antes de apresentar-se ao exército em 1958. Depois disso o que se viu foi um Elvis estereotipado, primeiro com os filmes, depois com as temporadas em Las Vegas, e culminando com o papel de bom moço frente ao governo Nixon.

Outra coisa que sempre me deixou com pé atrás é o fato de Elvis nunca ter se apresentado fora dos EUA, com a exceção de meia dúzia de shows no Canadá. Mesmo comparando com outros nomes da época como Jerry Lee Lewis, uma visita ao menos à Inglaterra era obrigatória. Incomoda-me também faltar aos mais de 40 discos dele um clássico do porte de um Dark Side, Electric Ladyland ou Led Zeppelin IV.

Pronto, olha eu aí falando mal do cara de novo. Ok, é aniversário dele, vamos falar bem!

A grande contribuição de Elvis na minha modesta opinião, não foi exatamente ter sido Elvis. É ter sido o precursor de muita gente que veio depois, como Beatles e Stones, só pra ficar nos mais evidentes. Mesmo fazendo parte de um movimento (pra mim ele não agiu sozinho, era apenas o branco do grupo), Presley começou o que chamamos de rock and roll e suas variantes. Isso ninguém tira dele.

Muito bem, se você não gostou do que eu escrevi, paciência... Sou mais Chuck Berry mesmo e pronto. E por outro lado, não se preocupe, afinal, Elvis não morreu!

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito.

Vc não tá falando mal não! Tá só falando a verdade... Assino embaixo!

Só não acho que ele "começou o que chamamos de rock and roll", porque a criação foi mais do que coletiva, como vc muito bem disse!

Sim,ele foi só o "branco do grupo" - e o branco "viável", mais "domesticado" e "comercializável", porque os outros ou eram muito feios e sem sex appeal (tipos Roy Orbinson) ou malucos tresloucados (tipos Jerry Lee Lewis)...