quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rock News: Guitarrista de Ringo diz que shows no Brasil serão sem surpresas

Em princípio, parece ser uma boa notícia: Ringo Starr e sua All Starr Band estão devidamente ensaiados para a atual turnê, que chega ao Brasil nesta quinta-feira (10). Ou, melhor dizendo, “muito bem ensaiados”. Palavra de Rick Derringer, guitarrista do conjunto, em entrevista ao G1, por telefone. Mas então ele prossegue, e vem um comentário que talvez desaponte o fã disposto a encontrar algum elemento de espontaneidade nos shows: “Ringo quer tudo perfeito. Será sempre o mesmo set list [nos shows]”. E o beatle baterista fará sete shows por aqui... Começa em Porto Alegre, e na sequência vêm São Paulo (12e 13), Rio de Janeiro (15), Belo Horizonte (16), Brasília (18) e Recife (20).

Era uma quinta-feira, e Derringer, assim como os demais integrantes da banda, estava em Santiago, no Chile, onde à noite aconteceria a segunda apresentação da turnê. A estreia ocorreu no México, dois dias antes. As críticas iniciais publicadas na imprensa foram pouco animadoras, mas Derringer não parece fazer caso. Importa-lhe mais – ao menos é o que se entende por suas declarações – a impressão do público. O argumento do músico, agora, não é propriamente técnico: “A audiência [mexicana] esteve ótima, foram vendidos todos os ingressos”.

Faltou dizer que jogo estava ganho desde muito antes de subirem no palco – as entradas, cerca de dez mil, esgotaram-se em coisa de horas. “Se o resto da turnê for assim, será fantástico.” De sua parte, a All Starr Band busca retribuir com “competência na execução das músicas”, afirma Derringer. E o que há de Beatles, no repertório?

Ele confirma o que temos visto nos shows iniciais do giro latino-americano: “I wanna be your man”, “Yellow Submarine”, “Boys” e “With a little help from my friends” – além de “Honey don’t”, de Carl Perkins, e “Act Naturally”, de Johnny Russell e Voni Morrison, ambas gravadas pelo quarteto de Liverpool. Todas ficaram conhecidas na voz do ex-baterista. Elas, no entanto, não são as únicas que ele canta no repertório da turnê. Das 23 presentes no repertório, Ringo assume 11. E praticamente todos os demais músicos têm espaço para números vocais próprios, de suas antigas bandas.

A All Starr Band já não é, hoje, o que foi. Em encarnações pregressas, teve gente como Peter Frampton e John Entwistle (The Who). A que chega ao Brasil nasceu no verão do ano passado, recorda Derringer. Além dele e de Ringo, virão Wally Palmar (guitarra; ex-The Romantics), Edgar Winter (teclado; irmão do guitarrista Johnny Winter), Gary Wright (teclado; ex-Spooky Tooth), Richard Page (baixo; ex-Mr. Mister), Mark Rivera (saxofone) e Gregg Bissonette (bateria).

Ao falar sobre os parceiros, Derringer abandona a modéstia, por um momento. “Somos como um time profissional de basquete, e somos realmente bons”, assegura. “O fato de os músicos serem famosos e ganharem bem não garante que o resultado dará em uma grande banda. Mas nós demos certo juntos. Todos os backing vocals são muito bons, do princípio ao fim.” Derringer toma o cuidado para não estabelecer qualquer comparação indevida com os Beatles. E, quando perguntado se é mesmo verdade que Ringo, durante o show do México, não pronunciou nenhuma vez o nome do grupo que o consagrou nos anos 1960, responde: “Mas ele falou... eu acho”.

Repertório da turnê de Ringo:
1- It Don’t Come Easy
2- Honey Don’t
3- Choose Love
4- Hang On Sloopy
5- Free Ride
6- Talking in Your Sleep
7- I Wanna Be Your Man
8- Dream Weaver
9- Kyrie
10- The Other Side Of Liverpool
11- Yellow Submarine
12- Frankenstein
13- Peace Dream
14- Back Off Boogaloo
15- What I Like About You
16- Rock and Roll, Hoochie Koo
17- Boys
18- Love Is Alive
19- Broken Wings
20- Photograph
21- Act Naturally
22- With a Little Help from My Friends
23- Give Peace a Chance
Fonte: Globo.com


Novidade nenhuma, o set list é este desde sempre e nem tem como mudar. Era um pouco diferente quando os músicos que o acompanhavam tinham material próprio decente, como Billy Preston e Levon Elm (The Band). É só comprar um DVD da All Starr Band no seu jornaleiro mais próximo e comprovar.

2 comentários:

Danfern disse...

Lógico que seria muuuito melhor ter gente como o saudoso Billy Preston, mas como vc mesmo bem disse, nem tem como mudar muito o set list...

Pelo que eu vi, teve alteração foi no visual dele - anda muito sóbrio-chique, eu gostava mais daqueles paletós bizarros à Falcão...rs

Mas sabe, ter o Ringão no Brasil (e tocando em diversos estados) já é novidade suficiente, na minha opinião! :-P

ps.: eu vouuuu hahaha

Danilo. disse...

Eu fui ontem.
Muito bom ver Ringo Starr.
Seria melhor sem All Starr Band.