Se neste ano o Who comemorará os 40 anos da ópera-rock Tommy (1969), hoje quem sopra as velinhas é o super documentário dirigido por Jeff Stein, The Kids Are Alright, lançado há exatos 30 anos. Stein era um fã americano do Who e sempre foi obcecado pela idéia de fazer um documentário contando a história da banda, através de colagens de cenas e entrevistas.
Em 1975 conseguiu aproximar-se de Pete Townshend e sugeriu a ideia que foi inicialmente rejeitada, mas o empresário da banda, Bill Curbishley acabou convencendo-o do contrário. Para dar um gostinho, Jeff fez uma compilação de várias imagens antigas da banda e mostrou ao integrantes e suas esposas. Depois de poucos minutos, Pete e Keith Moon rolavam no chão histéricos. A esposa de Roger Daltrey riu tanto que derrubou a garrafa de café da mesa. Estava aprovado.
Jeff começou então a garimpar material, já que boa parte havia sido perdida. Ele optou por uma narrativa não linear, incluindo várias apresentações em programas de TV da época (Shindig, Ready Steady Go, Smothers Brothers), shows e entrevistas. Gravou também imagens em um show fechado, no Shepperton Studios, além de cenas de ensaios.
Cenas famosas estão no documentário, como as aparições em Woodstock (segundo Pete, um lixo), Monterrey e Pontiac Silverdome, assim como no famoso Rolling Stones Rock'n'Roll Circus. Esse especial teria sido cancelado porque os produtores acharam que a performance do Who ofuscaria os Stones. Partes de uma entrevista no Russel Harty Plus também foram incluídas, inclusive o momento quem que Keith rasga a roupa de Pete e em seguida fica pelado. Há muito destaque para Keith Moon e suas loucuras, assim como para a fixação de Pete em destruir guitarras. Aliás, o documentário foi lançado em meio a uma onda de cinema catástrofe (Aeroporto, Terremoto, Inferno na Torre). Isso deu aos produtores a idéia genial de entitular o filme "o primeiro filme de desastre rock 'n' roll do mundo".
Moon morreu em 7 de setembro de 1978, vítima de overdose de Heminevrin, um medicamento usado para tratamentos anti-álcool, durante a edição final do material. Os integrantes restantes decidiram que nenhuma parte seria modificada e não há referências ao seu falecimento no filme. O documentário foi lançado no Festival de Cannes de 1979, sendo recebido pelo público como o melhor feito sobre uma banda de rock, opinião de muitos até hoje.
Para mim é a imagem definitiva do Who, que após a morte de Moon teve outros bateristas, lançou discos, mas perdeu a energia inicial. Retrata os 13 anos iniciais da banda, do movimento Mod até a consagração mundial. O único senão na minha opinião, é o não ter nada do álbum Quadrophenia, de 1973. Fora isso, nota 10!
Pra vocês, a sequência inicial do filme. Uma aparição no programa americano Smothers Brothers Comedy Show de 1967, onde eles, literalmente destroem tudo. Keith subornou um contra-regra para poder colocar uma carga de explosivos na sua bateria. Resultado: o cabelo de Pete pegando fogo e o braço de John cortado.
Em 1975 conseguiu aproximar-se de Pete Townshend e sugeriu a ideia que foi inicialmente rejeitada, mas o empresário da banda, Bill Curbishley acabou convencendo-o do contrário. Para dar um gostinho, Jeff fez uma compilação de várias imagens antigas da banda e mostrou ao integrantes e suas esposas. Depois de poucos minutos, Pete e Keith Moon rolavam no chão histéricos. A esposa de Roger Daltrey riu tanto que derrubou a garrafa de café da mesa. Estava aprovado.
Jeff começou então a garimpar material, já que boa parte havia sido perdida. Ele optou por uma narrativa não linear, incluindo várias apresentações em programas de TV da época (Shindig, Ready Steady Go, Smothers Brothers), shows e entrevistas. Gravou também imagens em um show fechado, no Shepperton Studios, além de cenas de ensaios.
Cenas famosas estão no documentário, como as aparições em Woodstock (segundo Pete, um lixo), Monterrey e Pontiac Silverdome, assim como no famoso Rolling Stones Rock'n'Roll Circus. Esse especial teria sido cancelado porque os produtores acharam que a performance do Who ofuscaria os Stones. Partes de uma entrevista no Russel Harty Plus também foram incluídas, inclusive o momento quem que Keith rasga a roupa de Pete e em seguida fica pelado. Há muito destaque para Keith Moon e suas loucuras, assim como para a fixação de Pete em destruir guitarras. Aliás, o documentário foi lançado em meio a uma onda de cinema catástrofe (Aeroporto, Terremoto, Inferno na Torre). Isso deu aos produtores a idéia genial de entitular o filme "o primeiro filme de desastre rock 'n' roll do mundo".
Moon morreu em 7 de setembro de 1978, vítima de overdose de Heminevrin, um medicamento usado para tratamentos anti-álcool, durante a edição final do material. Os integrantes restantes decidiram que nenhuma parte seria modificada e não há referências ao seu falecimento no filme. O documentário foi lançado no Festival de Cannes de 1979, sendo recebido pelo público como o melhor feito sobre uma banda de rock, opinião de muitos até hoje.
Para mim é a imagem definitiva do Who, que após a morte de Moon teve outros bateristas, lançou discos, mas perdeu a energia inicial. Retrata os 13 anos iniciais da banda, do movimento Mod até a consagração mundial. O único senão na minha opinião, é o não ter nada do álbum Quadrophenia, de 1973. Fora isso, nota 10!
Pra vocês, a sequência inicial do filme. Uma aparição no programa americano Smothers Brothers Comedy Show de 1967, onde eles, literalmente destroem tudo. Keith subornou um contra-regra para poder colocar uma carga de explosivos na sua bateria. Resultado: o cabelo de Pete pegando fogo e o braço de John cortado.
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