Desses dias comerciais que inventaram pra aquecer o mercado (namorados, pais, páscoa e até mesmo o natal), só libero a cara do dia das mães. Afinal ela me carregou no bucho 9 meses, trocou minhas fraldas e me aturou por muito tempo. Um buquê e um livro por ano não são nada perto da indenização que devo a ela.
Mas é engraçado, porque muitas vezes o rock parece ser uma entidade órfã de mãe. Toda hora aparece a discussão sobre o pai do rock, o pai do progressivo, o pai do punk, o pai de não sei o que... e a mãe? Quem é a mãe do rock? Seria o rock and roll filho de chocadeira?
Eu ainda acredito que o rock é filho do Sr. Blues com a Dona Jazz (a Ella Fitzgerald lá em cima encarnaria bem essa personagem). Do casamento deles surgiu essa criança rebelde, agitada e questionadora, que botou pra quebrar na escola e adorava jogar pedra nas vidraças alheias. Muitos dos mais velhos olhavam atravessado para ela, acreditando que a criação dada foi muito liberal, o que a tornou uma criança intolerável.
Mas os anos passaram, a criança cresceu, mudou e por muitos momentos deixou de parecer o rebento levado de outrora. Mas é inegável a intimidade que esse agora senhor tem com a sua mãe, a já apresentada e agora idosa Dona Jazz, sobretudo no seu ar de liberdade e nas suas atitudes democráticas.
A mãe é presença constante nas letras e títulos das músicas que muita gente boa. Mother é título de clássicos de John Lennon e do Pink Floyd. Aparece ainda em letras do Queen (Bohemian Rapsody) e The Doors (The End) entre muitos outros. Mas achar a mãe do rock é difícil.
Há quem diga que a Rita Lee é a mãe do rock nacional. Ok, vá lá, mas ainda acho muito pouco se levarmos em consideração o namoro dos Mutantes com o Tropicalismo. Seria ela Cely Campelo e o seu Banho de Lua? Difícil dizer caro leitor, até porque não temos muitas opções. Se olharmos lá pra fora, é fato que a figura feminina sempre andou meio em baixa no mundo do rock.
Espero não ter que chegar à conclusão que alguém deixou o bebê Rock na porta do Sr Blues e da Dona Jazz, abandonado, a espera de um lar. Talvez ele seja um filho bastardo do Dr. Clássico, o que explicaria sua vertente progressiva, que apareceu na sua adolescência.
De qualquer forma, independente da incerteza da genitora desse tal roquenrol, fica meu beijo carinhoso a todas as mamães leitoras do Experience! Parabéns a todas e que todos os dias do ano sejam seus dias, com ou sem buquê.
Mas é engraçado, porque muitas vezes o rock parece ser uma entidade órfã de mãe. Toda hora aparece a discussão sobre o pai do rock, o pai do progressivo, o pai do punk, o pai de não sei o que... e a mãe? Quem é a mãe do rock? Seria o rock and roll filho de chocadeira?
Eu ainda acredito que o rock é filho do Sr. Blues com a Dona Jazz (a Ella Fitzgerald lá em cima encarnaria bem essa personagem). Do casamento deles surgiu essa criança rebelde, agitada e questionadora, que botou pra quebrar na escola e adorava jogar pedra nas vidraças alheias. Muitos dos mais velhos olhavam atravessado para ela, acreditando que a criação dada foi muito liberal, o que a tornou uma criança intolerável.
Mas os anos passaram, a criança cresceu, mudou e por muitos momentos deixou de parecer o rebento levado de outrora. Mas é inegável a intimidade que esse agora senhor tem com a sua mãe, a já apresentada e agora idosa Dona Jazz, sobretudo no seu ar de liberdade e nas suas atitudes democráticas.
A mãe é presença constante nas letras e títulos das músicas que muita gente boa. Mother é título de clássicos de John Lennon e do Pink Floyd. Aparece ainda em letras do Queen (Bohemian Rapsody) e The Doors (The End) entre muitos outros. Mas achar a mãe do rock é difícil.
Há quem diga que a Rita Lee é a mãe do rock nacional. Ok, vá lá, mas ainda acho muito pouco se levarmos em consideração o namoro dos Mutantes com o Tropicalismo. Seria ela Cely Campelo e o seu Banho de Lua? Difícil dizer caro leitor, até porque não temos muitas opções. Se olharmos lá pra fora, é fato que a figura feminina sempre andou meio em baixa no mundo do rock.
Espero não ter que chegar à conclusão que alguém deixou o bebê Rock na porta do Sr Blues e da Dona Jazz, abandonado, a espera de um lar. Talvez ele seja um filho bastardo do Dr. Clássico, o que explicaria sua vertente progressiva, que apareceu na sua adolescência.
De qualquer forma, independente da incerteza da genitora desse tal roquenrol, fica meu beijo carinhoso a todas as mamães leitoras do Experience! Parabéns a todas e que todos os dias do ano sejam seus dias, com ou sem buquê.
3 comentários:
Ahhhh que lindo esse post! Muito bem escrito, que talento!!
Agradeço a parte que me toca!rss
Beijossss
Adorei o post !!!
vc sabe que compartilho o mesmíssimo entendimento sobre as datas comerciais né...só dia das mães e dos pais acho aliviáveis.
Olha, muito bem escrito mesmo....linkar dia das mães e rock´n roll, por essa eu não esperava !!! :-)
Nem preciso dizer que abri "O" sorriso com a tua citação de Mother...e pelo "mote" dia das mães tb dá pra citar "Julia", né? (acho essa musica de uma singeleza incrível, linda homenagem póstuma e triste pra mãe dele..)
Quanto às senhoritas no rock...realmente elas figuram mais como musas do que como criadoras... aqui, além da Rita Lee, não se poderia citar a Fernanda Takai, do Pato Fu? (se bem que eles ficam no pop-rock)
E lá fora, a dona dos Pretenders, e a srta Pattie Smith (essa eu to me devendo ouvir), as irmãs do Breeders (gosto, mas conheço pouco), a Meg White (gosto do arzinho blase dela tocando bateria),até a sra Courtney Love (não gosto, mas enfim, acho que daria pra considerar...)
Ah, e embora ela não seja música, acho super rocker a participação da Yoko no Rock´n Roll Circus !
:-P
Vo chorar...hehehehehe
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