terça-feira, 16 de agosto de 2011

Review: Roger Glover, If Life Was Easy

Caro fã xiita do Deep Purple ou do Rainbow: se você ouvir este álbum esperando ecos do hard rock feito por essas bandas nos distantes anos 70, é melhor nem se animar e botar o Machine Head pra rodar. Assim você não corre o risco de se decepcionar com o CD do cara.

Isto acontece porque Roger Glover, baixista dessas bandas (sobretudo da formação clássica do Purple) extrapola as fronteiras do rock e experimenta vários ritmos neste CD If Life Was Easy. Agora, se você, mesmo fã, tem ouvidos abertos para novas sonoridades, com certeza gostará muito deste trabalho.

Isto porque Roger, ao longo de 16 faixas, passeia pelo rock, ska, folk (muito folk), blues e progressivo. Apesar das muitas faixas (um disco hoje em dia tem no máximo 10 ou 12) a audição rola macia e rápida, até porque as músicas têm em média curtos 3 minutinhos.

Glover toca, além do baixo, guitarra, gaita e teclado. Mesmo assim tem a ajuda de Dan McCafferty (Nazareth), Pete Agnew, Sahaj Tocotin e sua filha Gillian Glover, que tem uma linda voz. Há 10 anos ele não lançava nada novo (o último foi Snapshot, de 2001), mesmo com este álbum praticamente pronto desde 2007. As turbulências que aconteceram em sua vida transparecem neste disco, finalmente lançado.

Destaque para a faixa título, com uma letra divertida, Moonlight, When The Day is Done e The Ghost of Your Smile. Mesmo bobagens como The Car Wont Start fluem bem durante a audição. Pra terminar honrando o passado hard, Feeling Like a King fecha com chave de chumbo.

Ótima supresa, tanto para fãs como para iniciantes na obra deste senhor. Clica lá na capa pra você conferir in loco. Nota 8 no Paletômetro do Experience.


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