
Eu ia escrever ontem, antes do começo, para não parecer que eu sou do contra. Mas problemas cotidianos me tiraram a inspiração e adivinhe? Acabei assistindo ao show dos Paralamas e Titãs pelo Multishow.
Que eu não sou fã de festivais do tipo do Shop in Rio não é novidade para nenhum dos 30 leitores do Experience. Nem SWU, nem nenhuma outra franquia sem vergonha dessas que andam por aí. Com relação ao Pop in Rio, o nome (errado) já diz tudo e os organizadores deveriam ser acionados pelo Procon por propaganda enganosa. É como comprar um shampoo e dentro do frasco vir óleo de soja.
O SWU então é uma piada de mal gosto. Fazem um festival dito ecologicamente correto. Aí levam pra uma cidade do interior milhares de pessoas e, com elas, seu lixo, a poluição que geram no transporte tanto de ida como na volta. Na boa, o Greenpeace já foi melhor em termos de conscientização.
Voltando o Drop in Rio (incrível a quantidade de trocadilhos que o nome permite), assisti a abertura com o show dos Paralamas com os Titãs. Quem já viu essas bandas no auge, ou ao menos com uma atividade minimamente plena, ficou decepcionado. As vozes já não chegam onde deveriam e o nosso bravo Herbert Vianna parece digno de pena. Ok, cantar nunca foi seu forte ao vivo, mas nem a métrica o cara acerta mais. Sobre os Titãs, o mesmo de sempre: ótimas músicas, mas instrumentistas limitados. Você pode até argumentar que os caras estão velhos, que não são mais meninos. Bem, quem viu o Paul, com quase 70, fazer um show de 3 horas, totalmente afinado, não pode aceitar essa desculpa.
Deslocados mesmo estavam Barone e Bi Ribeiro, duas feras, assim como os músicos da Orquestra Sinfonica Brasileira, que mal podiam ser ouvidos no som ruizinho do Multishow.
Felizmente depois disso o vendaval derrubou minha luz e perdi o show da Claudia Leite, a baiana de São Gonçalo. Até queria ver o show do Elton John, mas não rolou. Sobre as outras atrações nem posso falar, primeiro porque não conheço, e segundo porque este é um blog sobre música.
Tô azedo? Tô.
E na boa, com a atual safra de shows que invadem o Brasil pra quê um festival chapa branca desse (quem é do Rio viu o RJ TV sendo apresentado de dentro da Cidade do Pop) pra comer nosso suado dinheirinho? O caos criado para se chegar e sair do local dos shows é típico de tudo que se faz naquela região, longe de tudo.
Mas tem o lado bom! Você pode andar de montanha russa ou roda gigante de graça! Uau!!!
Se você é daqueles que acha o festival o máximo, dá uma olhadinha neste site aqui:

Por tudo isso, não espere notícias sobre esse festival sem vergonha no Experience. Talvez algo sobre o Red Hot ou Stevie Wonder, mas parou por aí.
Sobre shows de um único artista, o tão aguardado Roger Waters, que apresentará em 2012 o The Wall no Brasil, resolveu adiar as apresentações. Motivo? Apenas em Buenos Aires, na européia Argentina, terá 7 (eu disse sete!) datas seguidas, empurrando as nossas pra frente. Aliás, Argentina e Chile estão ainda na nossa frente em termos de roteiros dos shows, mesmo com economias menos fortes.
Ou seja, há ainda um longo caminho a percorrer. Para onde? Sei lá! Quando chegar a gente descobre.
...e o pior é não ir no Clapton por falta de grana...
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