sexta-feira, 25 de junho de 2010

Luthieria: Baixo Rickenbaker 4001

Há poucos dias postei na coluna Blog on the Top informações sobre o single dos Beatles que trazia Paperback Writer e Rain. Nelas, Paul McCartney trocou seu velho Hofner por um baixo Rickenbaker, revolucionário em vários sentidos. E nada melhor que este instrumento clássico para inaugurar esta nova coluna do Experiece: Luthieria.

A Rickenbaker já produzia instrumentos elétricos desde os anos 30 quando o modelo 4001 chegou às mãos de Paul, em 1966. Antes disso, George e John já usavam guitarras da marca, tornando-as conhecidas mundialmente. O mesmo aconteceu com o baixo que logo caiu no gosto de feras como John Entwistle (Who), Chris Squire (Yes), Pete Quaife (Kinks), Glenn Hughes (Deep Purple), Geddy Lee (Rush), Jon Camp (Renaissance) entre outros. Mas domar o Rickenbaker não é tarefa para qualquer simples mortal.

Sua construção propicia sons mais agudos e levemente distorcidos, o que exige um bom ouvido para o setup e boa técnica para tirar nitidez das cordas. Mas o grande trunfo do Rick é justamente não soar como os baixos Fender, amplamente usados no rock, sobretudo o modelo Precision.

Ao contrários dos baixos Fender, o braço é colado diretamente no corpo, conferindo um sustain maior nas notas. Usava dois captadores, um no braço e outro próximo à ponte. Outro diferencial era a saída estéreo, o primeiro até então, o chamado Rick-o-Sound.

Para se ter ideia do mito que o Rick 4001 representa, nos anos 70 a fábrica brasileira Giannini lançou uma réplica do 4001 no mercado. Hoje este baixo é um mito quase tão grande quando o Rick original, sendo disputado por 9 entre 10 baixistas.

Aí embaixo, um exemplo do som do bicho. Dúvidas?


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