Dividida entre jovens senhores que viveram intensamente o rock das décadas de 50, 60 e 70 e garotões que adorariam ter uma máquina do tempo para ir lá conferir o que rolava nesta época, a platéia do Vivo Rio na noite desta terça-feira vinha respeitando a dificuldade de Chuck Berry em acertar um acorde em seus solos. Mas, quando, aos 50 minutos do primeiro tempo, o astro da guitarra saiu do palco para não voltar mais, houve quem dissesse que pediria o dinheiro de volta.
Alguns declararam já estar esperando a falta de disposição de um homem que tem nada menos que 81 anos. Porém, com certeza, uma turma não tem do que reclamar: as meninas que o nada bobo Chuck chamou ao palco enquanto tentava exigir mais de seu instrumento, uma Gibson ES-350T semi-acústica.
Para elas, foi uma festa! Para Chuck, um momento tenso. Rapazes - alguns com topetes e vestidos como nos tempos do rockabilly - subiram ao palco para acompanhar as moças (na verdade, tentar uma chance de se aproximar do ídolo). O roqueiro parou a música, esperou que os seguranças os colocassem para baixo e seguiu tocando para as meninas dançarem.
O ponto alto do show foi também o (não) anúncio do fim. Chuck saiu à francesa e deixou seu filho, Charles Berry Jr., na roubada: foi o guitarrista (legítimo sucessor) quem teve que se despedir das dançarinas e dos cariocas da platéia. Aliás, o músico tapou bem os buracos deixados pelo pai com sua guitarra.
Chuck Berry começou o show com "Memphis Tennessee". Empolgou-se com a resposta do público e estimulou quem estava ali embaixo a cantar trechos de "My ding a ling". Mas nem mesmo no clássico "Johnny B. Goode", que levou os fãs a delírio, o roqueiro acertou as notas. A mão caía de qualquer jeito no braço da guitarra e, sem conferir se os dedos formavam o acorde certo, era ali mesmo que ele puxava as cordas.
Teria sido um fiasco se o homem não fosse uma lenda e não estivesse já tão debilitado (em relação a notas e ritmos, porque, fisicamente, ele parece ótimo). Pena foi ele não dar à platéia o prazer de cantar junto outros clássicos, como "Maybellene" e "Oh Carol". Durou pouco.
fonte: O Globo
É tio Chuck tá cansado, mas isso é assim mesmo. Só fica chato por quem pagou uma grana pra ver (mais de R$200,00 o lugar mais barato). Agora, quando a matéria fala em "acordes do solo", mostra que foi escrita por quem não é do ramo. Berry pode ter errado escalas, mas isso é o de menos. Antes 50 minutos de Chuck Berry que 2 horas de créu.
Alguns declararam já estar esperando a falta de disposição de um homem que tem nada menos que 81 anos. Porém, com certeza, uma turma não tem do que reclamar: as meninas que o nada bobo Chuck chamou ao palco enquanto tentava exigir mais de seu instrumento, uma Gibson ES-350T semi-acústica.
Para elas, foi uma festa! Para Chuck, um momento tenso. Rapazes - alguns com topetes e vestidos como nos tempos do rockabilly - subiram ao palco para acompanhar as moças (na verdade, tentar uma chance de se aproximar do ídolo). O roqueiro parou a música, esperou que os seguranças os colocassem para baixo e seguiu tocando para as meninas dançarem.
O ponto alto do show foi também o (não) anúncio do fim. Chuck saiu à francesa e deixou seu filho, Charles Berry Jr., na roubada: foi o guitarrista (legítimo sucessor) quem teve que se despedir das dançarinas e dos cariocas da platéia. Aliás, o músico tapou bem os buracos deixados pelo pai com sua guitarra.
Chuck Berry começou o show com "Memphis Tennessee". Empolgou-se com a resposta do público e estimulou quem estava ali embaixo a cantar trechos de "My ding a ling". Mas nem mesmo no clássico "Johnny B. Goode", que levou os fãs a delírio, o roqueiro acertou as notas. A mão caía de qualquer jeito no braço da guitarra e, sem conferir se os dedos formavam o acorde certo, era ali mesmo que ele puxava as cordas.
Teria sido um fiasco se o homem não fosse uma lenda e não estivesse já tão debilitado (em relação a notas e ritmos, porque, fisicamente, ele parece ótimo). Pena foi ele não dar à platéia o prazer de cantar junto outros clássicos, como "Maybellene" e "Oh Carol". Durou pouco.
fonte: O Globo
É tio Chuck tá cansado, mas isso é assim mesmo. Só fica chato por quem pagou uma grana pra ver (mais de R$200,00 o lugar mais barato). Agora, quando a matéria fala em "acordes do solo", mostra que foi escrita por quem não é do ramo. Berry pode ter errado escalas, mas isso é o de menos. Antes 50 minutos de Chuck Berry que 2 horas de créu.
3 comentários:
Chuck Berry, aiai...
Nem sei como cheguei aqui, sinceramente. Gostei e fiquei curiosa, vou agora te ouvir! Tem Beirut aqui... adoro.
Meu beijo.
É isso aí, tem Beirut tb, apesar do foco do blog ser mais pra rock clássico. Mas se tem qualidade, tá dentro!
Beijo e espero que tenha gostado. A casa é pobre mas é honesta!
Eu gostei sim, da tua casa! Rock do bom! Percebi mesmo a atmosfera do lugar...
Eu tenho um blog tbm, mas é bem diferente, serve só pra eu não perder umas besteiras que escrevo vez por outra. Vou linkar teu endereço lá, assim não perco o caminho.
Meu beijo.
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